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quarta-feira, 26 de maio de 2010

Doutorado - Alejandra Maria Devecchi

Celebramos o doutorado da nossa amiga Alejandra Maria Devecchi, Diretora do Departamento de Planejamento Ambiental – DEPLAN, da Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente, com a defesa da Tese "Reforma não é construir. A reabilitação de edifícios verticais: Novas formas de morar em São Paulo no Século XXI”, realizada no dia 20 de maio de 2010, pela Universidade de São Paulo, Faculdade de Arquitetura e Urbanismo – FAUUSP.

terça-feira, 25 de maio de 2010

S.O.S Represa Guarapiranga : "Boas práticas ambientais para uma vida melhor"

CICLO DE PALESTRAS  MEIO AMBIENTE E CULTURA DE PAZ

Dia 29 de maio, das 9h às 12h
SOS Represa Guarapiranga:

“Boas práticas ambientais para uma vida melhor”

(Não é necessário inscrição prévia. Pede-se chegar com 15 minutos de antecedência)
A UMAPAZ (Universidade Aberta do Meio Ambiente e Cultura de Paz) convida a todos para a palestra "Boas práticas ambientais para uma vida melhor", que será apresentada no dia 29 de maio, das 9h às 12h, por Fernando Montero, coordenador do Projeto Ybyra.
Apresentação do projeto de educação ambiental desenvolvido pela SOS Represa Guarapiranga. Financiado pelo Fundo Especial do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável – FEMA.

O projeto aconteceu em 2009 e se constituiu de 50 oficinas para a comunidade dos bairros do Jardim Tapera, São Francisco e Chácara Vista Alegre, com a proposta de repensar o nosso tempo e poupar preciosos recursos naturais que sustentam a vida na Terra. Os temas tratados foram os mais diversos: da água ao lixo, da convivência com a natureza ao trabalho da terra, do reaproveitamento criativo de roupas e tecidos usados, ao máximo aproveitamento dos alimentos na cozinha.

Cozinhar para uma vida saudável trata especificamente deste último tema. Cozinhando juntas, as mulheres que participaram das oficinas aprenderam a ver a cozinha com um dos ambientes mais criativos da casa onde nada se perde e tudo se transforma. Cascas, talos, folhas e legumes podem ser misturados em deliciosos sucos e dá para fazer pão usando os mais diversos tipos de batata: do inhame à batata doce. Elas aprenderam que pratos bonitos despertam o apetite e que os mais coloridos são também os mais nutritivos, pois cada cor representa um tipo de substância que faz bem à saúde.

O evento integra o Ciclo de Palestras sobre MEIO AMBIENTE E CULTURA DE PAZ, que acontece aos sábados, das 9h às 12h, aberto a todos os interessados. O Ciclo tem o objetivo de estimular o diálogo sobre questões socioambientais, de convivência e sustentabilidade.
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SERVIÇO: CICLO DE PALESTRAS MEIO AMBIENTE E CULTURA DE PAZ
PALESTRA: "Boas práticas ambientais para uma vida melhor"
Palestrante: Fernando Montero
Dia e Horário: 29 de maio (sábado), das 9h às 12h

Local: UMAPAZ - Av. IV Centenário, 1268, Portão 7A - Parque Ibirapuera

Coordenação: Eveline Limaverde

Não é necessário inscrição prévia. Pede-se chegar com 15 minutos de antecedência
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HOMENAGEM À DRA. ZILDA ARNS NA UMAPAZ

HOMENAGEM À DRA. ZILDA ARNS
Dia 28 de maio, às 14h, na UMAPAZ


(Não é preciso se inscrever. Pedimos chegar com 15 minutos de antecedência)
A Universidade Aberta do Meio Ambiente e Cultura de PAZ, vinculada à Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente da PMSP, tem a honra de convidar V.S. para participar de uma singela homenagem que prestará à Dra. Zilda Arns por seus relevantes trabalhos e esforços humanitários prestados em prol da Infância e Cultura de PAZ.
O evento será na sede da UMAPAZ, Av. IV Centenário, 1268, portão 7A, Parque Ibirapuera, no dia 28 de maio de 2010, das 14h às 15h30.

Dentre outras atividades de educação socioambiental, a UMAPAZ costuma homenagear personalidades que se notabilizaram pelo fortalecimento da Cultura de Paz, colocando o retrato do homenageado em sua galeria de entrada. O retrato da Dra. Zilda Arns será inaugurado por ocasião do evento.

A sua presença muito nos honrará.
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Serviço: Palestra: Homenagem à Dra. Zilda Arns
Dia e Horário: 28 de maio, das 14h às 15h30
Local: UMAPAZ - Av. IV Centenário, 1268, Portão 7-A - Parque Ibirapuera
Coordenação: André Luis Moura de Alcântara e Nadime Boueri
(Não é necessária inscrição prévia. Pede-se chegar com 15 minutos de antecedência)________________________________________________________________

segunda-feira, 24 de maio de 2010

DIÁLOGOS COM AS ECOVILAS

 DIÁLOGOS  COM  AS  ECOVILAS
SUSTENTABILIDADE   NO   DIA   A   DIA




Dia 26 de maio de 2010, das 19h às 21h

(Não é necessária inscrição prévia. Pede-se chegar com 15 minutos de antecedência)
A natureza tem seus ritmos e seus ciclos. É possível percebê-los e integrar-se com eles, mesmo no ambiente urbano.

Sustentabilidade é uma construção coletiva, que abrange todos os campos de atividade: social, cultural, ambiental, econômica e espiritual. A Humanidade pode se reconectar e re-aprender a fluir com o todo. É possível desenvolver a confiança e a atenção plena para construir o Bem, o Bom e o Belo, aqui e agora. Seja em casa, no trabalho, na escola ou no bairro. O primeiro passo é acreditar. Crise é oportunidade para Criar! Venha descobrir quais transformações podem tornar sua vida melhor, mais eficaz, mais leve e mais sustentável, em cada pequeno gesto e opção.



A UMAPAZ trará no dia 26 maio, às 19h, Neusa Árbocz, para dialogar sobre as possibilidades e soluções para os desafios socioambientais atuais, fortalecendo a sustentabilidade de cada um.

A palestrante é Bacharel e pós-graduada em Ciências da Comunicação, especializou-se na metodologia da Educação Gaia e certificou-se pela GEN – Global Ecovillage Network em formação de Comunidades Intencionais e Design Sustentável e pela Sharing Nature, em Ensino Vivencial.

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Serviço: Programa DIÁLOGO COM AS ECOVILAS

Palestra: Sustentabilidade no Dia-a-Dia

Palestrante: Neuza Árbocz - Saphire

Público focalizado:  Interessados em práticas de sustentabilidade no cotidiano

Dia e Horário: 26 de maio, das 19h às 21h

Local: UMAPAZ - Av. IV Centenário, 1268, Portão 7-A - Parque Ibirapuera

Coordenação: Eveline Limaverde

Não é necessária inscrição prévia.
Pede-se chegar com 15 minutos de antecedência
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TENDÊNCIAS PEDAGÓGICAS

ALGUMAS CONSIDERAÇÕES SOBRE AS ATUAIS TENDÊNCIAS PEDAGÓGICAS
Ausônia F. Donato

Nós, educadores, ao escolhermos determinados objetivos, determinados conteúdos, determinadas técnicas, bem como formas de avaliar, estamos consciente ou inconscientemente fundamentados em algumas concepções de educação, de aprendizagem, de aluno.
Consideramos o exercício de explicitar tais fundamentos absolutamente relevante. Dizemos até que, sem esta explicitação, é nos impossível compartilhar nossos conhecimentos, o que é um passo inicial para revermos, criticarmos, aprofundarmos nosso fazer pedagógico.
Este texto tem o propósito de, ao sucintamente apresentar as principais tendências pedagógicas, modestamente contribuir para que os educadores-leitores possam identificar em que premissas têm se apoiado ao desenvolver seu trabalho educacional.
A classificação das tendências pedagógicas que utilizaremos tem como critério a percepção das relações entre educação e sociedade.
Neste sentido, valendo-nos do pensamento do professor Saviani, podemos congregar as teorias que explicam diferentemente a relação educação — sociedade em três grupos: teorias não críticas, teorias crítico reprodutivistas e teoria crítica.


TEORIAS NÃO CRÍTICAS

As teorias não críticas, por alguns denominadas de concepção redentora da educação ou de otimismo pedagógico ou, ainda, otimismo ingênuo, percebem a Educação com grande margem de autonomia em relação à sociedade e, portanto, procuram entender a educação por ela mesma. Percebem a sociedade como um todo harmonioso e que pode apresentar alguns desvios. Desvios estes que podem e devem ser corrigidos pela Educação. Assim é que a marginalidade é percebida como um desses desvios.
A Escola surge então, dentro desta perspectiva, para “redimir” os marginais, para equalizar as oportunidades sociais, para, enfim, resolver os problemas da sociedade.
A Educação tem aqui um caráter supra social, isto é, não está ligada a nenhuma classe social específica, mas serve a todas indistintamente.
São três as Pedagogias ou Escolas que contemplam as teorias não críticas: Pedagogia Tradicional; Pedagogia Nova e a Pedagogia Tecnicista.
A seguir, exporemos muito resumidamente as características mais significativas de cada uma.

Pedagogia Tradicional
No início do século passado, têm início os sistemas nacionais de ensino. Esses sistemas foram originalmente constituídos sob o seguinte princípio orientador: A Educação é direito de todos e dever do Estado.
Com a Revolução Francesa, a burguesia, ao assumir o poder e com a intenção de neste se consolidar, defende a constituição de uma sociedade democrática, isto é, a consolidação da democracia burguesa. Para ascender a um tipo de sociedade fundada nos princípios da igualdade, fraternidade e liberdade entre os indivíduos, era imprescindível vencer a barreira da ignorância. Somente assim, seria possível transformar os súditos em cidadãos, isto é, em indivíduos livres porque esclarecidos. Tal tarefa só pode ser realizada através da escola.
Como se pode apreender, nesta perspectiva a marginalidade é identificada com a ignorância, ou seja, o marginal, na nova sociedade burguesa, é o ignorante. A escola é vista, portanto, como o instrumento para resolver o problema da marginalidade. Dentro deste quadro, o papel da escola é o de transmitir os conhecimentos acumulados pela humanidade. A escola tem a intenção de conduzir o aluno até o contato com as grandes realizações da humanidade aquisições científicas, obras primas da literatura e da arte, raciocínio e demonstrações plenamente elaborados. Esta escola enfatiza os modelos em todos os campos do saber. O professor é o responsável pela transmissão dos conteúdos, é o centro do processo educativo. Deve, portanto, ter domínio dos conteúdos fundamentais e ser bem preparado para a transmissão do acervo cultural.
A experiência relevante que o aluno deve vivenciar é a de ter acesso democrático às informações, conhecimento e idéias, podendo, assim, conhecer o mundo físico e social. Enfatiza se a disciplina intelectual para o que se necessita de atenção, concentração, silêncio e esforço. A escola é o lugar por excelência onde se raciocina e o ambiente deve necessariamente ser austero para o aluno não se dispersar.
O professor tem poder decisório quanto à metodologia, conteúdo e avaliação. Procura a retenção das informações e conceitos através da repetição de exercícios sistemáticos (tarefas). Há a tendência de tratar a todos os alunos igualmente: todos deverão seguir o mesmo ritmo de trabalho, estudar os mesmos livros texto, no mesmo material didático e adquirir os mesmos conhecimentos.
Aqui, a concepção de educação é caracterizada como produto, já que modelos a serem alcançados estão pré estabelecidos. Não se enfatiza, portanto, o processo. São privilegiadas as atividades intelectuais.
A transferência da aprendizagem depende do treino, sendo indispensável a retenção, a memorização, para que o aluno responda a situações novas de forma semelhante às situações anteriores.
Em resumo, pode se afirmar que nesta pedagogia há uma redução do processo educativo a, exclusivamente, uma de suas dimensões: a dimensão do saber.
Retomemos as duas idéias principais desta pedagogia: a vocação de oportunizar a todos o acesso à escola, no sentido de transformar marginais (sinônimo de ignorantes) em cidadãos e a total autonomia da educação em relação à sociedade.

Pedagogia Nova
Educadores, já na primeira metade deste século, ancorados nessas idéias, se põem veementemente a criticar essa Escola, a partir daí denominada Tradicional, considerando a totalmente inadequada. Segundo esses críticos, a Pedagogia Tradicional não alcançou sua meta principal, ou seja, nem todos os indivíduos tiveram acesso a ela e nem todos que nela ingressaram foram bem sucedidos. E, além disso, nem todos que foram bem sucedidos nessa escola se ajustaram à sociedade que se queria consolidar. Dito de outro modo, esta escola falhou! Há que se mudá la!
Surge um grande movimento, cuja expressão maior foi o chamado Escolanovismo ou Escola Nova. Trata se, dito de forma bem simplificada, de mudar toda a lógica da Pedagogia Tradicional. Inicialmente o escolanovismo é implantado no âmbito de escolas experimentais.
Segundo a Pedagogia Nova, o marginalizado deixa de ser visto como o ignorante. Passa a ser o rejeitado. Alguém, segundo esta Escola, se integra socialmente não quando é ilustrado, esclarecido, mas quando se sente aceito pelo grupo.
É interessante registrar que as primeiras manifestações desse movimento se deram com crianças excepcionais, fora da instituição escolar. Lembremo nos, por exemplo, da pediatra Montessori. A partir dessas experiências, generalizam se os procedimentos pedagógicos para todo o sistema educacional.
Queremos salientar, também, a grande influência da Psicologia para a Escola Nova, através do uso intensivo de testes de inteligência, de personalidade, dentre outros. Por fim, não podemos nos esquecer de que princípios foram transportados quase que mecanicamente da chamada Terapia Centrada no Cliente, de Rogers, para a sala de aula. Daqui decorre o princípio norteador da Escola Nova: a neo diretividade e seus correlatos, como congruência, aceitação incondicional do aluno, respeito.
A educação atingirá seu objetivo - corrigir o desvio da marginalidade -, se incutir nos alunos o sentido de aceitação dos demais e pelos demais. Contribui assim para construir uma sociedade em que seus membros se aceitem e se respeitem em suas diferenças.
Esta nova forma de entender a Educação, como já dissemos, leva necessariamente a uma mudança, por contraposição à Pedagogia Tradicional, nos elementos constitutivos da prática pedagógica. Assim é que o professor deixa de ser o centro do processo, dando o lugar ao aluno. O professor deixa de ser o transmissor dos conteúdos, passando a facilitador da aprendizagem. Os conteúdos programáticos passam a ser selecionados a partir dos interesses dos alunos. As técnicas pedagógicas da exposição, marca principal da Pedagogia Tradicional, cedem lugar aos trabalhos em grupos, dinâmicas de grupo, pesquisa, jogos de criatividade. A avaliação deixa de valorizar os aspectos cognitivos com ênfase na memorização, passando a valorizar os aspectos afetivos (atitudes) com ênfase em auto avaliação.
Descola se o eixo do ato pedagógico do intelecto para o sentimento, do aspecto lógico para o psicológico. Em resumo, as palavras de ordem da Pedagogia Tradicional são alteradas. Desta forma, esforço, disciplina, diretividade, quantidade passam a: interesse, espontaneidade, não diretividade, qualidade. Há, também, em decorrência desse ideário, uma mudança no “clima” da escola: de austero, para festivo, alegre, ruidoso, colorido. Reduz se, assim, o processo de ensino a uma de suas dimensões: a dimensão do saber ser.
É preciso assinalar que este tipo de Escola, além de não cumprir o objetivo a que se propunha - tornar aceitos os indivíduos rejeitados -, devido ao afrouxamento de disciplina e a negligência com a transmissão de conteúdos, prejudicou os alunos das camadas populares que têm na escola o único canal de acesso ao conhecimento sistematizado. Acentuou se o problema da marginalidade.

Pedagogia Tecnicista
Diante da constatação de que também a Escola Nova não cumpre seu objetivo, há que - mais uma vez - mudar se a escola!
Desta vez não se percebe o marginalizado como o não informado (Pedagogia Tradicional), nem tampouco como o rejeitado, o não aceito (Escola Nova), mas marginalizado passa a ser sinônimo de incompetente, ineficiente, de improdutivo. Temos como conseqüência que as principais premissas desta Pedagogia passam a ser: a eficiência, a racionalidade e a produtividade. O centro do ensino não é mais o professor, nem mais o aluno, mas as técnicas. Daí o nome desta Pedagogia: tecnicismo ou escola tecnicista. A partir desta pedagogia, reorganiza se o processo educativo no sentido de torná lo objetivo e operacional. As escolas passam a burocratizar se. Exige se dos professores a operacionalização dos objetivos, como instrumento para medir comportamentos observáveis: só são válidos os comportamentos observáveis, porque mensuráveis, porque controláveis.
Dissemina se o uso da instrução programada (auto ensino), das máquinas de ensinar, testes de múltipla escolha, do tele ensino e múltiplos recursos audio visuais.
A Tecnologia Educacional, por coerência, é a grande inspiradora da Pedagogia Tecnicista. Esta pedagogia é sustentada por um dos paradigmas da Psicologia: o behaviorismo ou comportamentalismo. O tecnicismo é também suportado pela informática, cibernética e Engenharia Comportamental.
Correndo o risco de redundar, assiná-lo que, mais uma vez, o papel do professor é alterado: de transmissor de conteúdos e centro do processo, na Pedagogia Tradicional, passando a facilitador da aprendizagem do aluno, que é centro, na Escola Nova, agora, no tecnicismo, é um arranjador das contingências de ensino. Há muitos incentivos e recompensas às atividades desenvolvidas pelos alunos, levando a uma grande competitividade entre eles.
Reduz se aqui o processo educativo a uma de suas dimensões: a dimensão do saber fazer.
O tecnicismo, tendo rompido com a Escola Nova, acentua ainda mais o caos no sistema de ensino.
Claro, esta Escola também não conseguiu atingir sua grande meta: transformar os marginalizados em indivíduos competentes, produtivos, para atuar no mercado. A simples razão para esse fracasso é que não existe articulação direta entre a escola e o processo produtivo.

TEORIAS CRÍTICO REPRODUTIVISTAS

No final da década de 70, surge no cenário educacional um corpo de teorias, aqui denominadas crítico reprodutivistas, mas também conhecidas como pessimismo pedagógico ou pessimismo ingênuo na Educação. Têm como baliza a percepção de que a Educação, ao contrário do que pensam as teorias não críticas, sempre reproduz o sistema social onde se insere, sempre reproduz as desigualdades sociais. Seu nome, crítico reprodutivista, advém do fato de, apesar de perceberem a determinação social da educação (críticas), consideram que a educação mantém com a sociedade uma relação de dependência total (reprodutivista).
Para os crítico reprodutivistas, a Educação legitima a marginalização, reproduzindo a marginalidade social através da produção da marginalidade cultural, advindo daí o caráter seletivo da escola. Não é, portanto, possível compreender a Educação, senão a partir dos seus determinantes sociais.
Diferentemente das teorias não críticas, as crítico reprodutivistas não possuem uma proposta pedagógica; limitam se às análises profundas da determinação social da Educação.
Por isso, iremos apenas listá las, bem como a seus representantes: Teoria do sistema de ensino enquanto violência simbólica, de Bourdieu e Passeron; Teoria da escola enquanto aparelho ideológico do Estado, de Althusser, e Teoria da escola dualista, de C. Baudelot e R. Establet.
Como vimos, neste breve recorte histórico, a questão da marginalidade permanece.

TEORIA CRÍTICA

A partir do início dos anos 80, alguns educadores têm se colocado como questão: é possível ter se uma visão crítica da Educação, ou seja, perceber os determinantes sociais da Educação e, ao mesmo tempo, entendê la como um instrumento capaz de superar o problema da marginalidade?
No sentido de dar resposta a esta questão, uma nova teoria vem sendo gestada: a teoria crítico social dos conteúdos. Admite ser a Educação determinada pela sociedade onde está situada, mas admite também que as instituições sociais apresentam uma natureza contraditória, daí a possibilidade de mudanças. Assim é que a Educação pode sim reproduzir as injustiças, mas tem também o poder de provocar mudanças.
Dentro desta perspectiva teórica, estamos num movimento que busca resgatar os aspectos positivos das teorias firmadas no cotidiano escolar (as teorias não críticas), articulando os na direção de uma transformação social. Assim, da Pedagogia Tradicional, resgata se a importância da dimensão do saber, da Escola Nova, a dimensão do saber ser, e da Pedagogia Tecnicista, a dimensão do saber fazer.
Em essência, sua proposta pedagógica traduz se pelos seguintes princípios:
• o caráter do processo educativo é essencialmente reflexivo, implica constante ato de desvelamento da realidade. Funda se na criatividade, estimula a reflexão e ação dos alunos sobre a realidade;
• a relação professor/aluno é democrática, baseada no diálogo. Ao professor cabe o exercício da autoridade competente. A teoria dialógica da ação afirma a autoridade e a liberdade. Não há liberdade sem autoridade;
• o ensino parte das percepções e experiências do aluno, considerando o como sujeito situado num determinado contexto social;
• a educação deve buscar ampliar a capacidade do aluno para detectar problemas reais e propôr lhes soluções originais e criativas. Objetiva também desenvolver a capacidade do aluno de fazer perguntas relevantes em qualquer situação e desenvolver habilidades intelectuais como a observação, análise, avaliação, compreensão e generalização. Para tanto, estimula a curiosidade e a atitude investigadora do aluno;
• o conteúdo parte da situação presente, concreta. Valoriza se o ensino competente e crítico de conteúdos como meio para instrumentalizar os alunos para uma prática social transformadora.
A educação é entendida como processo de criação e recriação de conhecimentos. Professor e aluno são considerados sujeitos do processo ensino aprendizagem. A apropriação do conhecimento é também um processo que demanda trabalho e disciplina. Valoriza se a problematização, o que implica uma análise crítica sobre a realidade-problema, desvelando a. É ir além das aparências e entender o real significado dos fatos.
Ao concluirmos convidamos os educadores-leitores a refletirem sobre o significado e o sentido de nossas ações para a vida de nossos alunos e para a sociedade em geral.

Ausônia F. Donato: Diretora Pedagógica do Grupo Educacional Equipe

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Inscrições encerradas para o curso "Peixes em coleções hídricas urbanas"

Inscrições encerradas para o curso "Peixes em coleções hídricas urbanas"
O DEPAVE-3 (Divisão Técnica de Medicina Veterinária e Manejo da Fauna Silvestre) em parceria com a UMAPAZ da SVMA - Secretaria do Verde e Meio Ambiente convidam para o curso Peixes em coleções hídricas urbanas, que será realizado de 01 a 22 de junho.
A vida aquática é um importante indicador para avaliar a qualidade e o equilíbrio de um ecossistema.
Na cidade a poluição difusa, como esgotos domésticos, resíduos, etc, é um dos maiores responsáveis pelo comprometimento dos corpos d’água urbanos.

O objetivo deste curso é capacitar profissionais da área a reconhecer e buscar soluções para os desafios mais comuns no manejo de lagos, lagoas e represas.
Conteúdo Programático:
01/06
09 às 12h – Peixes do Município de São Paulo.
Prof. Osvaldo Oyakawa - Museu de Zoologia da USP.
13 às 17h - Qualidade da água em parques urbanos.
Pesquisador científico Clóvis Ferreira do Carmo - Instituto de pesca.
08/06
09 às 12h - Importância das águas territoriais do município de São Paulo.
Pesquisador Dr. Hélio Nóbile Diniz - Instituto de Geologia.
13 às 14h - Experiência do Parque da Água Branca.
Antonio Teixeira - Administrador do Parque.
14 às 17h - Legislação de recursos hídricos.
Bacharel em Direito Luis Penteado.

22/06
09 às 12h - Qualidade da água em Parques do Município de São Paulo.
Departamento de Controle Ambiental – SVMA.
13 às 14h - Lançamento do Manual de gerenciamento de recursos hídricos.
Instituto Internacional de Ecologia – Prof. Dr. José G. Tundisi.
14 às 17h - Ecologia aquática e práticas de manejo.
Prof. Dr. José G. Tundisi.
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SERVIÇO: Curso: Peixes em coleções hídricas urbanas.
Público focalizado: funcionários da SVMA, profissionais da área ambiental e estudantes. As vagas excedentes serão abertas para o público em geral.
Coordenação: Médica Veterinária Regina Claudia Stroebel – DEPAVE-3
Geólogo Gustavo Beuttenmuller - UMAPAZ
Biólogo Vitor O. Lucato - UMAPAZ
Carga horária: 21 horas
Período: 01/06 a 22/06/2010
Local: UMAPAZ – Av. IV Centenário, 1268 – Portão 7-A, Parque Ibirapuera
Vagas: 100 - Inscrições: inscricoesumapaz@prefeitura.sp.gov.br
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PALESTRA – “DA DERRUBADA DAS GRADES À DERRUBADA DAS PAREDES”

A UMAPAZ convida você para participar da Palestra:

 " Da Derrubada das Grades à Derrubada das Paredes"

Dia 26 de maio, às 15h, na UMAPAZ
 
(Não é preciso se inscrever. Pedimos chegar com 15 minutos de antecedência)


                                       
Relato de prática da construção do projeto político pedagógico da EMEF Desembargador Amorim Lima
Situada em bairro de alta heterogeneidade social e cultural, a Escola Municipal de Ensino Fundamental Desembargador Amorim Lima teve, ao longo dos anos, o privilégio de receber também uma clientela heterogênea e múltipla, apresentando problemas centrais de indisciplina, alto índice de falta dos alunos e aulas vagas, devido à elevada ausência de professores.

Para reverter esse quadro, a pedido do Conselho de Escola, a psicóloga Rosely Sayão formulou e apresentou, em setembro de 2003, uma proposta de assessoria, no sentido de se ir implantando, na Amorim Lima, dispositivos inspirados no Projeto Fazer a Ponte, Escola Portuguesa.
No dia 26 de maio, às 15h, a UMAPAZ receberá a pedagoga e diretora da EMEF Amorim Lima para falar sobre essa experiência, abordando as bases conceituais da aprendizagem, do currículo e dos valores que fundamentam o projeto ali implantado.
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Serviço: Palestra – “Da derrubada das grades à derruba das paredes”
Dia e Horário: 26 de maio de 2010, às 15h
Palestrante: Ana Elisa Siqueira
Coordenação: Shirley Dayse Gomes Pellicciari
Público focalizado: Educadores, pedagogos, professores, psicopedagogos, psicólogos e profissionais da educação.

Local: UMAPAZ (Universidade Aberta do Meio Ambiente e Cultura de Paz)

End.: Av. IV Centenário, 1268 - portão 7-A, Parque Ibirapuera

Participação gratuita

Não é preciso se inscrever. Pedimos chegar com 15 minutos de antecedência.

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Convite: Seminário "Compartilhando conhecimentos sobre o Cambuci - Campomanesia phanea"

Prezados amigos,

A UMAPAZ convida à todos para participar do seminário "Compartilhando conhecimentos sobre o Cambuci - Campomanesia phanea", que ocorrerá no dia 27 de maio no Colégio Marista da Glória.
As inscrições devem ser realizadas pelo e-mail: nsocioambiental@gmail.com ou incubadora@prefeitura.sp.gov.br.

Participem!


segunda-feira, 17 de maio de 2010

CONVITE: "Projeto Sala Verde Cidade Ademar"


Prezados Amigos,

Convidamos para o lançamento da publicação do Projeto "Sala Verde Cidade Ademar", que é fruto de um dos convênios para Educação Ambiental, entre a Secretaria Municipal do Verde e Meio Ambiente e a Associação Congregação de Santa Catarina, com seus parceiros: CEU Alvarenga e SESC Interlagos.
Para participar, entre em contato no telefone (11)5613-4444 - ramal 170/171 ou através do e-mail: cristiane.amaral@osacsc.org.br.
Será no dia 21 de maio de 2010, às 18:30 horas, na UMAPAZ.


sexta-feira, 14 de maio de 2010

Palestra - “Política Nacional de Resíduos Sólidos: uma análise sobre os seus conceitos e perspectivas”

CONVITE PALESTRA

“Política Nacional de Resíduos Sólidos: uma análise sobre os seus conceitos e perspectivas”

Dia 18 de maio, às 19h, na UMAPAZ




Após 19 anos de discussão, o Projeto de Lei 203/91, que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos e impõe obrigações aos empresários, aos governos e aos cidadãos no gerenciamento dos resíduos, está prestes a passar pelo Senado para uma nova votação.
A Lei será um marco regulatório para tratar dos resíduos, estabelecendo uma política adequada de co-responsabilidade, onde fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes terão de investir para colocar no mercado produtos recicláveis, incluindo as suas embalagens, e que gerem a menor quantidade possível de resíduos sólidos. O fato traz à tona a questão da geração dos resíduos e estabelece a implantação da coleta seletiva em todos os centros urbanos.
Apesar do passivo ambiental herdado pelo Brasil pela falta de uma política para os resíduos sólidos, ao longo desse tempo o Projeto de Lei foi amplamente discutido pela sociedade, incorporando novos conceitos e instrumentos para questões atuais, como a destinação do lixo eletrônico entre outros materiais.
Para fazer uma análise sobre a Política Nacional de Resíduos Sólidos, a UMAPAZ convidou o consultor ambiental, ex-secretário de Estado do Meio Ambiente e ex-deputado federal Fabio Feldmann, para uma palestra no dia 18 de maio, às 19h. O trabalho do palestrante sempre foi marcado pela defesa do meio ambiente, tendo realizado junto a Secretaria do Estado de Meio Ambiente o Diagnóstico de Resíduos Sólidos no Estado de São Paulo, contido na publicação "A cidade e o lixo", em 1998; documento que foi um marco em termos técnicos e de conhecimento na área de resíduos.




Fabio Feldmann

Consultor, administrador de empresas (FGV/1977) e advogado (USP/1979). Deputado federal por três mandatos consecutivos (1986 – 1998) e secretário do Meio Ambiente do Estado de São Paulo (1995 e 1998). Foi autor de parte da legislação ambiental brasileira, como o capítulo de meio ambiente da Constituição Federal, a Política Nacional de Educação Ambiental, a Lei de Acesso Público aos Dados e Informações Ambientais, e relator da Política Nacional de Recursos Hídricos, do Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza e da Convenção Quadro das Nações Unidas sobre Diversidade Biológica. Em 2000 ajudou a criar o Fórum Brasileiro de Mudanças Climáticas, do qual foi secretário executivo até 2004. Em 2005 colaborou com a criação do Fórum Paulista de Mudanças Climáticas Globais e Biodiversidade, atualmente secretário executivo. Foi fundador da SOS Mata Atlântica (da qual foi também o primeiro presidente), da OIKOS, Funatura e Biodiversitas. Atuou como membro da CI – Conservation International, GRI – Global Reporting Initiative e Greenpeace Internacional e faz parte do Conselho sobre Mudanças Climáticas do Deutsche Bank.



Serviço: Palestra – "Política Nacional de Resíduos Sólidos- Uma análise sobre os seus conceitos e perspectivas"

Dia e Horário: 18 de maio, às 19h
Palestrante: Fabio Feldmann

Coordenação: Eliana Rizzini

Local: UMAPAZ - Av. IV Centenário, 1268 - portão 7-A, Parque Ibirapuera

Participação gratuita

Vagas limitadas a 150 participantes, que serão chamados por ordem de inscrição.


Envie nome, e-mail e telefone para: inscricoesumapaz@prefeitura.sp.gov.br, indicando a palestra.

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quinta-feira, 13 de maio de 2010

Fórum de Debates sobre Licitações Públicas - Sustentabilidade



Participe!





Fórum de Debates Sobre Licitações Públicas - Sustentabilidade
Datas: 24 e 25 de maio de 2010
Local: Auditório Senac
Endereço: Rua Doutor Vila Nova, 228, Vila Buarque, São Paulo - SP.

Exposição Sementes da Mudança: a Carta da Terra e o Potencial Humano.


Exposição Aberta

De 21 de maio a 09 de junho de 2010


A UMAPAZ convida você, amigo da UMAPAZ, para a exposição "Sementes da Mudança: a Carta da Terra e o potencial humano", fruto de parceria com a BSGI.





Este ano a Carta da Terra completa dez anos e em vários países do mundo estão sendo realizadas iniciativas para divulgar esse documento que ao mesmo tempo é um alerta e um caminho. Seus valores e princípios têm sido orientadores da ação da UMAPAZ.

A UMAPAZ  quer contar com a sua presença na cerimônia de abertura, no dia 20 de maio, às 19h30.

Exposição: "Sementes da Mudança: a Carta da Terra e o potencial humano"
Datas:  De 21 de maio a 09 de junho de 2010
Local:  UMAPAZ- Universidade Aberta do Meio Ambiente e Cultura de Paz / Secretaria        Municipal do Verde e Meio Ambiente
Endereço:  Av. IV Centenário, 1268, CEP 04030 -000- São Paulo-SP-Brasil - Portão 7.

Visite a exposição! Não Perca essa Oportunidade!

quarta-feira, 12 de maio de 2010

CONVITE - FAZENDO ARTE NA BIBLIOTECA

A BIBLIOTECA É O PALCO ONDE A ARTE ACONTECE!

DIA 15 DE MAIO, DAS 10H30 ÀS 12H00




ESPAÇO SAPUCAIA - BIBLIOTECA DA UMAPAZ
AV. IV CENTENÁRIO, 1268 - PORTÃO 7-A


A UMAPAZ e a Aliança pela Infância convidam a todos para participarem do encontro de maio do projeto Fazendo Arte na Biblioteca, a biblioteca como palco onde a arte acontece!
Momento de diversão e criatividade para crianças e adultos em uma manhã de sábado todo mês!

Os eventos são gratuitos. Não é necessário fazer inscrição.

Qualquer dúvida entre em contato conosco por e-mail: ventos@aliancapelainfancia.org.br







segunda-feira, 10 de maio de 2010

ORIGENS E PERSPECTIVAS DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL




Início 31 de maio, das 18h às 22h00.
A UMAPAZ abre o curso ORIGENS E PERSPECTIVAS DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL, a ser realizado de 31 de Maio a 14 de Junho de 2010. O curso é destinado aos conselheiros dos CADES regionais, educadores, estudantes e outros interessados. Tem o objetivo de promover um espaço de debates para que o grupo possa construir o significado de desenvolvimento sustentável e informar a sua compreensão dos processos de deterioração ambiental e da criação de mecanismos de ação socioambiental.

As inscrições encerradas de 10 a 14 de maio de 2010

Programa:
31 de maio: A emergência da sociedade de risco: dimensões da crise ambiental.
02 de junho: Vetores da crise ambiental: forças da modernidade: Capitalismo, Estado e Tecnologia.
07 de junho: Reconstrução histórica do conceito de Desenvolvimento Sustentável.
09 de junho: Políticas públicas ambientais no Brasil: dinâmica institucional
14 de junho: Desafios do desenvolvimento sustentável no Brasil
Coordenação e facilitação: Valério Igor Príncipe Victorino, Doutor em Sociologia (USP/SP) e docente da UMAPAZ

Público focalizado: Conselheiros dos Conselhos Regionais do Meio Ambiente, Desenvolvimento Sustentável e Cultura de Paz, educadores, estudantes e outros interessados.
Duração: 30 horas, sendo 20 horas/aula e 10 horas de leituras programadas.
Cronograma: 31 de maio, 02, 07, 09 e 14 de junho de 2010.
Dia e Horário: segundas e quartas-feiras, das 18 às 22 horas.
Local: UMAPAZ – Avenida IV. Centenário, 1268, Portão 7-A, Parque Ibirapuera.
Informações: (11) 5572-1004
Vagas: 50 – HAVERÁ SELEÇÃO
Inscrições: 10 a 14 de maio - E-mail: inscricoesumapaz@prefeitura.sp.gov.br
Resultado da seleção: 24 de maio de 2010.

Bibliografia de referência

BRUNDTLAND, Gro H. Nosso Futuro Comum. Editora FGV. Rio de Janeiro: 1991.

CAMARGO, Aspásia; CAPOBIANCO, João P.; PUPPIM DE OLIVEIRA, José A.; (Org.) Meio ambiente Brasil: avanços e obstáculos pós-Rio-92. São Paulo: Estação Liberdade: Instituto Socioambiental; Rio de Janeiro: FGV, 2002.

CUNHA, Sandra B., GUERRA, Antonio J. T. (Orgs.). A Questão Ambiental: diferentes abordagens. Bertrand Brasil, Rio de Janeiro: 2008.

JONAS, Hans. El princípio de responsabilidad - ensayo de una ética para la civilización tecnológica. Herder, Espanha: 2004.

LOVELOCK, James. A Vingança de Gaia. Editora Intrínseca. 2006.

MARX, Karl & ENGELS, Friedrich. O manifesto comunista.

NOBRE, Marcos; AMAZONAS, Maurício C. (Orgs). Desenvolvimento Sustentável: A institucionalização de um Conceito. Edições IBAMA, Brasília: 2002.

REES, Martin. Hora Final: Alerta de Cientista: O desastre ambiental ameaça o futuro da Humanidade. Companhia das Letras. São Paulo: 2005.

SACHS, Ignacy. Ecodesenvolvimento: Crescer Sem Destruir. Editora Vértice. São Paulo: 1986.

VEIGA, José E. Desenvolvimento sustentável – desafio do século XXI. Garamond. Rio de Janeiro: 2005.

WEBER, Max. A ética protestante e o espírito do capitalismo.

sexta-feira, 7 de maio de 2010

A POLÊMICA HIDROELÉTRICA DE BELO MONTE E O PROJETO DE BRASIL POTÊNCIA


Artigo
Valério Igor Príncipe Victorino
Sociólogo

É certo que o país necessita de energia firme para satisfazer suas necessidades de desenvolvimento socioeconômico. Há o consenso de que o Brasil caminha a passos largos para tornar-se uma potência econômica do hemisfério Sul, projetando-se para 2030 a realização deste cenário. Neste sentido, os déficits sociais deverão ser enfrentados e resolvidos dentro do período dos próximos 20 anos. Os planos nacionais de extinção das habitações subumanas, que caracterizam o subdesenvolvimento e a infelicidade de amplas parcelas de excluídos, necessitarão de matérias primas de alto consumo energético. Os planos nacionais de extinção da subnutrição necessitarão de fertilizantes, tratores, caminhões e vagões, que igualmente têm sua produção baseada em fatores eletrointensivos. A construção de estradas, ferrovias, portos, aeroportos, sistemas de transporte coletivo, escolas, universidades, edifícios funcionais etc, igualmente demandarão muita energia firme, em todos os sentidos. O Plano Nacional de Energia 2030 faz uma projeção de consumo futuro calculando o crescimento da economia em uma taxa média de 4,1% ao ano. Se esta taxa se mantiver até 2030 será necessário o dobro da energia produzida atualmente. Outro fato revelador da necessidade de ampliar a produção de energia é o consumo per capita do cidadão brasileiro, que ainda é muito baixo, sendo 2,3 mil kWh, sete vezes menor que EUA. De fato, uma melhor distribuição de renda fará com que o consumo de eletricidade da população venha a aumentar.

Contudo, a justificativa para a exploração de energia em um ecossistema tão vulnerável quanto o amazônico ainda permanece obscura, ensejando dúvidas sobre a natureza dos interesses que regem um empreendimento de tal vulto.

Os críticos das grandes obras socioambientalmente impactantes no ecossistema amazônico alegam que é possível atender á demanda crescente por energia por outros meios. Em meio ao tiroteio de argumentos houve a lembrança de que na década de 1970 os Estados Unidos enfrentaram a crise do petróleo (uma de suas principais fonte de energia elétrica) com um grande programa de conservação e eficiência energética, que por 15 anos manteve o consumo de energia estável, mesmo com o PIB crescendo 40% neste período! Por outro lado, afirma-se que uma das grandes fontes de desperdício de energia no Brasil localiza-se nas linhas de transmissão, chegando a 15% de perda do que é gerado, ante 5% na Europa e, pasmem 1% no Japão.

Na polêmica energética o grande apelo ambiental vai ao sentido da ampliação da participação de fontes energéticas renováveis de baixo impacto ambiental, como a energia eólica, biomassa, solar. Destas fontes alternativas, a energia eólica é a que apresenta maiores potencialidades de desenvolvimento. Contudo, os técnicos do setor afirmam que a eólica é viável e boa como complemento ao sistema, mas não como energia de base, pois as usinas eólicas são capazes de entregar apenas 30% do valor máximo – o chamado fator de carga. (Carta Capital, 28/04/2010). Afirmam ainda que os custos de produção deste tipo de energia atualmente são muito elevados.

Quanto ao argumento do custo elevado, a Usina de Belo Monte é emblemática das contradições e reveladora de que existem correlações de força que ainda estão obscuras aos olhos do cidadão brasileiro. Vejamos. O governo afirmou que a usina custará 19 bilhões de reais, mas o mercado, de modo geral, especula que o custo final talvez chegue a 30 bilhões. Se a este custo forem adicionados os bilhões de impostos isentados para atrair a iniciativa privada, o valor torna-se tão elevado que muito provavelmente haveria justificativa suficiente para investir em um grande plano nacional de exploração das jazidas de vento que correm por este Brasil afora, especialmente no Nordeste – que não por acaso é a região que pelos seus níveis de exclusão social demanda maior atenção para elevar o Brasil à categoria de potência socioeconômica do século XXI.

Mas por que produzir energia na Amazônia? Além da disponibilidade hídrica, há um fator nesta equação energética socioambiental que precisa ter maior destaque. A terceira maior reserva de bauxita do mundo esta localizada na Amazônia e este minério é a matéria prima fundamental da produção do alumínio. Trata-se de uma indústria muito peculiar, por ser intensiva em capital, recursos naturais e eletricidade, e ser uma atividade muito globalizada, cujos preços são negociados em Nova York ou Londres. Trata-se de uma indústria eletrointensiva controlada por um pequeno grupo de grandes corporações que atua em todos os níveis da cadeia de produção, da extração do minério até a transformação no produto final. Afirma-se que se trata de um cartel global de exportação, que controla preços e mercados.

Pesquisadores têm afirmado há muitas décadas que quanto mais intensivo é o uso de recursos naturais e energia melhor é a performance competitiva dos países subdesenvolvidos no mercado internacional. Se mede o desenvolvimento de um país apenas pelo crescimento do PIB [tendência que vem sendo vagarosamente questionada], super-explorar os recursos naturais para aumentar o volume de exportações acaba se tornado uma forte pressão. Mas será a estratégia de continuar explorando estas vantagens competitivas internacionais “espúrias” de aumentar o PIB pelo volume de exportações de insumos industriais básicos de baixo conteúdo tecnológico e demanda alta e intensiva por energia e recursos naturais que nos levará ao paraíso do primeiro mundo? Certamente que não!

Por outro lado, a implantação de pólos exportadores de alumínio envolve reassentamento de comunidades inteiras, inchaço de cidades, desflorestamento e perda da diversidade biológica e cultural, além de mudanças no regime hidrológico e geração de resíduos contaminantes do solo, da água e do ar. Pesquisadores do IPEA destacam que esta atividade industrial “ainda não se demonstrou capaz de contribuir para a redução das desigualdades sociais e regionais, que colocam os índices de desenvolvimento humano da região abaixo dos índices nacionais”. (O Estado de São Paulo, 23/10/2009). Sendo assim, a usina hidroelétrica de Belo Monte significa o aumento da oferta de energia para um setor industrial que induz “padrões intensivos de exploração de recursos e serviços naturais, bem como contribui para o acirramento das desigualdades sociais em escala local.”

Este modo de exploração da natureza e das comunidades é anacrônico e deve ser superado com urgência para que as expectativas se cumpram e as futuras gerações desfrutem de qualidade superior de bem estar social.

Por fim, é decepcionante não ter havido nenhuma manifestação, digna de um projeto de nação, que apresentasse um grande plano de desenvolvimento das fontes ditas alternativas, ao menos para mitigar e justificar a pressa com que se aprovou este mega projeto em um dos biomas mais vulneráveis do mundo.

Devemos nos lembrar sempre do desastre ambiental da Usina hidroelétrica de Balbina, símbolo da arrogância política e incompetência técnica. Lá o impacto ambiental é sentido até hoje, pois a floresta submersa em decomposição na gigantesca área inundada (2.600 km2, compare-se com a área da cidade de São Paulo, de 1.500 km2) emite hoje 11 vezes mais metano e CO2 que uma termoelétrica movida a carvão com a mesma potência!

CICLO DE PALESTRAS MEIO AMBIENTE E CULTURA DE PAZ

Dia 8 de maio, das 9h às 12h

"A história do Viveiro Manequinho Lopes"(Não é necessário inscrição prévia. Pede-se chegar com 15 minutos de antecedência)

A UMAPAZ convida para a palestra "História do Viveiro Manequinho Lopes", que será apresentada no dia 8 de maio, das 9h às 12h, por Daniel Varela.

A palestra contará a história do Viveiro Manequinho Lopes situado no Parque Ibirapuera e sua relação com as áreas verdes da cidade. O viveiro é responsável por produzir as plantas que são utilizadas nas áreas públicas bem como fornecer subsídios para melhoria da biodiversidade vegetal da cidade de São Paulo.

Daniel Varela é graduado em Ciências Biológicas com ênfase em Ciências Ambientais, é Especialista em Educação Ambiental e Mestrando em Gestão e Auditorias Ambientais. Servidor da Prefeitura do Município de São Paulo desde de 2005, foi Administrador do Parque Independência até o ano de 2009 e atualmente é Coordenador da Seção de Pesquisa da Divisão Técnica de Produção e Arborização – DEPAVE-2.

O evento integra o Ciclo de Palestras sobre MEIO AMBIENTE E CULTURA DE PAZ, que acontece aos sábados, das 9h às 12h, aberto a todos os interessados. O Ciclo tem o objetivo de estimular o diálogo sobre questões socioambientais, de convivência e sustentabilidade.

SERVIÇO: CICLO DE PALESTRAS MEIO AMBIENTE E CULTURA DE PAZ
PALESTRA: "A história do Viveiro Manequinho Lopes"
Palestrante: Daniel Varela
Dia e Horário: 8 de maio (sábado), das 9h às 12h
Local: UMAPAZ - Av. IV Centenário, 1268, Portão 7A - Parque Ibirapuera
Coordenação: Eveline Limaverde

Não é necessário inscrição prévia. Pede-se chegar com 15 minutos de antecedência

terça-feira, 4 de maio de 2010

CICLO DE PALESTRAS SEGUNDA SEM CARNE

CICLO DE PALESTRAS SEGUNDA SEM CARNE


“A alimentação como um caminho para a saúde”

Dia 10 de maio (segunda-feira), às 19h.
(Não é necessário se inscrever. Pede-se chegar com 15 minutos de antecedência).

A Universidade Aberta do Meio Ambiente e Cultura de Paz (UMAPAZ) convida todos os interessados para a palestra “A alimentação como um caminho para a saúde”, que será proferida por Denise Haddad, no dia 10 de maio (segunda-feira), às 19h.
A escolha de uma boa alimentação garante a saúde e a prevenção de doenças, aumenta a disposição física e psíquica, além de interferir diretamente no aspecto emocional. Para seguirmos este caminho do despertar da intuição alimentar por meio da apropriação do nosso corpo saudável, é necessário observarmos nossos hábitos, escolhas e direcionar nossa energia para o prazer da simplicidade, redescobrindo o sabor puro dos alimentos, libertando-nos da cozinha convencional e aprendendo a nos sincronizar com o nosso corpo.
                     Temas principais:
                             • A sabedoria do corpo

                             • A intuição alimentar

                             • Indicativos da saúde - obesidade/ vitalidade

                             • Alimentos vivos

                             • Fontes de energia

                             • A história dos alimentos - cultura indicativa de valores e saberes.


Sobre a palestrante: Denise Haddad é consultora e pesquisadora em Alimentação saudável, Assistente Social, especializada em Educação Ambiental- USP , Psicoterapia Corporal Neo Reichiana, Instrutora de Yoga, Culinarista.
Desde 1999 coordena Natureza Viva onde desenvolve projetos em educação ambiental e alimentar.
Coordenou escolas de educação infantil e fundamental, e atualmente coordena o projeto Plantar Sementes com abordagens interdisciplinar em educação alimentar.



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SERVIÇO: CICLO DE PALESTRAS SEGUNDA SEM CARNE
PALESTRA: “A alimentação como um caminho para a saúde”
Palestrante: Denise Haddad
Dia e Horário:
10 de maio de 2010 (segunda-feira), às 19h.
Local: UMAPAZ - Avenida IV Centenário, 1268, Portão 7A - Parque Ibirapuera.
Coordenação: Eveline Limaverde

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