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terça-feira, 29 de maio de 2012

Informativo Mensal de Junho


 
INFORMATIVO MENSAL
Universidade Aberta do Meio Ambiente e Cultura de Paz - UMAPAZ
ANO 7 – JUNHO DE 2012


O LIXO E O LABIRINTO

O artista Eduardo Srur instalou, no Ibirapuera, um labirinto montado com fardos de resíduos recicláveis. Toda arte é uma obra aberta. Cada pessoa faz sua própria leitura, tem sua peculiar emoção, sua pergunta. Pensamos nas duas mais óbvias:
O labirinto é uma prisão, onde vagamos desorientados até achar, acaso, uma saída?
O labirinto é um desafio, onde a experimentação e o percurso têm mais importância do que a saída?
Andar num labirinto de lixo ajuda a lembrar que a cidade de São Paulo gera 15 mil toneladas de resíduos por dia. O vento passando pelos fardos de lixo do Labirinto instiga: ei, você, sabe para onde vai aquele saco de lixo que você coloca todo dia para fora da sua porta? Sabe toda a estrutura inventada para apanhá-lo? Sabe que ele anda vinte, trinta quilômetros para chegar ao aterro? Sabe quanto custa isso? Sabe que os poucos 8% que foram separados para reciclagem muitas vezes chegam sujos e inutilizáveis nas estações de reciclagem porque alguém juntou ali algum material inadequado?
Somos a única espécie que gera resíduos que não entram na cadeia natural de transformação e absorção por outros organismos, porque inventamos produtos avessos a biodegradação. Um cocô de cachorro bem acondicionado num saquinho plástico bem que poderá encontrar nosso neto na praia daqui a cinquenta anos.
Olhando para o nosso ciclo labiríntico da produção e da destinação dos resíduos temos mesmo a percepção de estar numa prisão, onde vagamos desorientados. E essa desorientação tem consumido milhões de reais para que tirem o lixo da nossa porta e da nossa vista, o levem para passear por quilômetros, emitindo CO2, até chegar ao aterro, onde centenas de anos se passarão até que a transformação ocorra. Ou, pior, sendo lançados nos rios, entupindo bueiros, causando enchentes.
Com nosso estilo de consumo, utilizamos materiais intensamente. E os desperdiçamos, retirando continuamente matéria-prima para fazer mais. É de fato um labirinto insano, onde podemos todos perecer antes de encontramos saída. Quanto mais a gente olha, mais susto dá!
Mas, se a gente começa a enxergar o labirinto como desafio, a saída está anunciada na entrada. Não se trata do que fazer com o lixo, mas de reduzir, muito, a sua produção, gerando apenas resíduos biodegradáveis.

Desafio: lixo zero!

Visita monitorada: sábados (02 e 09 de junho) e domingos (03 e 10 de junho), às 11h e 14h. Local: Praça da Paz, Parque Ibirapuera. Não é necessário agendamento. Basta chegar e participar!


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